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'A Vida Secreta das Esposas Mórmons': os escândalos, relações rompidas e reações à série do Disney+ 1i2c22

'A Vida Secreta das Esposas Mórmons' reúne nove influenciadoras da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Suas histórias causaram surpresa entre o público e reações negativas dentro da própria igreja 22176z

7 jun 2025 - 07h47
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Em 'A Vida Secreta das Esposas Mórmons', as influenciadoras mórmons no TikTok (conhecidas como MomToks) estão aprendendo como é participar de um reality show
Em 'A Vida Secreta das Esposas Mórmons', as influenciadoras mórmons no TikTok (conhecidas como MomToks) estão aprendendo como é participar de um reality show
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

De alegações de infidelidade até escândalos sobre troca de casais, a série de TV A Vida Secreta das Esposas Mórmons oferece uma versão da vida dos mórmons muito distante da percepção tradicional do público. 4w3332

Ambientada na zona suburbana do Estado americano de Utah, o reality show acompanha um grupo de mulheres mórmons, como são conhecidos os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

A maioria delas atingiu a fama no TikTok, e aram a ser chamadas de influenciadoras MomTok.

Elas enfrentam escândalos, rompimentos conjugais e conflitos de todo tipo, envolvendo desde empreitadas comerciais até convites para festas.

Mas, por trás do roteiro sensacionalista, existe uma história mais complexa sobre a dinâmica em desenvolvimento, em uma comunidade muito rígida e coesa.

As mães mórmons produzem conteúdo online há cinco anos, mas elas afirmam que o conceito de reality show ainda parece muito novo para elas.

"Soube que, depois de algum tempo, as pessoas aprendem a disputar o jogo do reality show, mas ainda não é o nosso caso", disse à BBC a participante Jessi Ngatikaura.

"Ainda estamos tentando descobrir. Por isso, vocês estão vendo a nossa versão real."

Jessi Ngatikaura: 'Vocês estão vendo a nossa visão real'
Jessi Ngatikaura: 'Vocês estão vendo a nossa visão real'
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

O que começou como um hobby ou a ser um trabalho. E as mulheres falam abertamente no programa sobre o volume de dinheiro que elas ganham com o reality show e seus contratos com marcas de produtos.

"Este é certamente o nosso emprego, agora, mas nós escolhemos isso e poderíamos abandonar a qualquer momento, se não quiséssemos participar", conta Ngatikaura.

Outra participante, Whitney Leavitt, explica que "a dinâmica natural irá mudar quando houver mais dinheiro e familiares envolvidos e algumas pessoas realmente arem a ser competitivas". Mas ela garante que as participantes do grupo ainda são amigas longe das câmeras.

Nas duas temporadas da série, Ngatikaura e Leavitt enfrentaram verdadeiros desafios. Leavitt é apresentada como vilã na primeira temporada e, no final da segunda, Ngatikaura supostamente tem um caso amoroso.

A dupla fala com franqueza sobre o impacto de ter sua vida assistida e comentada por milhões de pessoas de todo o mundo.

Whitney Leavitt: 'Ser a vilã me desgastou totalmente'
Whitney Leavitt: 'Ser a vilã me desgastou totalmente'
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Leavitt diz: "Foi difícil aceitar o fato de que não temos controle sobre a narrativa e você, na verdade, nunca supera isso. Mas é preciso aceitar e seguir em frente."

Conforme o programa acompanha a vida das nove amigas, fica fácil observar como algumas delas podem criar mais dramas para si próprias e garantir mais tempo na tela.

Mas Ngatikaura defende que não é este o caso. Segundo ela, ninguém "exagera, mas é claro que as emoções são intensas".

"Na verdade, estamos gravando quatro ou cinco dias por semana e, por isso, não sabemos como ficará a edição final."

Ngatikaura afirma que sua explosiva festa de Halloween mostrada na série não foi fabricada pelos produtores. Simplesmente existem "tantos dramas naturalmente, que não precisamos criar novos, apenas para o programa".

'Muito ressentimento' 5t4r5j

Considerando a intensidade da dramatização e as exigências da filmagem, a assistência às participantes do reality show é essencial. E as duas mulheres entrevistadas elogiam os produtores pelos seus padrões de cuidado e atenção.

"Existem sempre terapeutas disponíveis. No começo, eu me perguntava por que [as participantes] Taylor [Frankie Paul] e Jen [Affleck] recebem terapia o tempo todo e, agora, faço cinco ou seis horas por semana", diz Ngatikaura.

"Percebi que é útil mesmo quando você não está enfrentando dificuldades."

Leavitt também fez uso do acompanhamento durante a primeira temporada, depois de ter sido apresentada como a vilã da série.

"Ser a vilã me desgastou totalmente", ela conta. "Fiquei com raiva, tive muito ressentimento e foi muito triste."

"Foram muitas emoções arrebatadoras para mim, mas fiquei orgulhosa porque, em vez de sair correndo, fiquei e tive aquelas conversas sérias que eu não queria ter."

Leavitt fazia parte do grupo de MomToks que foi objeto de uma revelação pública feita pela participante Taylor Frankie Paul, sobre a suposta prática de "troca de casais" no grupo.

Ela nega a acusação, que acabou abalando a amizade das duas mulheres.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias reagiu de forma negativa ao reality show 'A Vida Secreta das Esposas Mórmons'
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias reagiu de forma negativa ao reality show 'A Vida Secreta das Esposas Mórmons'
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

As discussões abertas no programa sobre sexo, temas conjugais e consumo de álcool causaram reações negativas da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

"Quando foi publicado o primeiro trailer, houve reações negativas da igreja", conta Leavitt, "pois eles ficaram assustados. Mas, na verdade, estamos mostrando como vivemos a vida mórmon e cada uma de nós vive de forma diferente."

Ngatikaura destaca que a série mostra que "todas nós somos garotas normais no dia a dia, não pessoas que usam toucas e batem manteiga, como talvez vocês pensem".

As entrevistadas afirmam que a igreja acabou aceitando a série e que elas estão incentivando as jovens a analisar sua fé de forma diferente.

"Nós definitivamente influenciamos as pessoas a questionar a sua fé, mergulhar mais fundo no tema ou ser mais honestas a respeito", conta Ngatikaura. "E recebi mensagens de algumas pessoas dizendo que entraram para a igreja por minha causa."

A religião, de fato, representa papel importante na vida daquelas mulheres. Mas elas rapidamente me contam que não são o rosto do mormonismo.

"Existem mórmons que ainda ficam perturbados com isso, mas estamos apenas mostrando a nossa versão da igreja."

"E acho empoderador. Tomara que as pessoas possam se identificar com as nossas histórias e dificuldades."

A série A Vida Secreta das Esposas Mórmons está disponível no Brasil no Disney+.

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