Jessika Alves relembra início de sua carreira artística: 'Queria ser igual a Sandy' 1f41i
Em entrevista à Contigo! Novelas, Jessika Alves reflete sobre sua trajetória profissional como atriz e destaca as "primeiras vezes" de sua carreira 411x3v
Dividida entre grandes trabalhos na televisão, no streaming e no cinema, Jessika Alves reforça importância do ofício da atuação em sua trajetória. Em entrevista à Contigo! Novelas, ela destaca suas "primeiras vezes", como quando foi elogiada por Louise Cardoso. 6wo5r
Pensei em ser atriz...
"É um sonho tão antigo que quem lembra disso é minha mãe — ela diz que desde pequena eu apontava para a TV e falava que queria trabalhar lá dentro. Depois eu me apaixonei por música, e queria ser igual a Sandy, cantava o dia inteiro em frente ao espelho (eu imito a voz da Sandy igualzinha até hoje!) Mas, quando comecei a fazer teatro no colégio, me apaixonei completamente. No meu condomínio, eu e meus amigos nos organizamos e montávamos peças para apresentar nas escolinhas que tinham perto de casa. Eu nunca mais parei de inventar personagens até conseguir trabalhar de fato com isso, aos 18 anos, em Malhação 2009".
Pisei em um estúdio de gravação...
"Comecei a fazer figuração com 16 anos, para ajudar nas contas de casa depois que a minha mãe se separou do marido e amos por uma fase bem difícil. Quando eu pisei no estúdio de gravação, me colocaram para ser atendente de uma sauna em que os atores iriam entrar. E me pediram para reagir na cena. Fiquei à vontade ali. Quando acabou a cena o diretor, Roberto Vaz, elogiou a minha 'participação' na cena, perguntou meu nome e disse que eu era muito boa! Eu e todo mundo no estúdio ficamos em choque com o elogio".
Uma atriz de quem eu era fã elogiou meu trabalho...
"Comecei meu trabalho em Malhação 2009 como a Norma Jean. Uma personagem totalmente cômica, e eu nunca tinha pensado e nem estudado para fazer comédia. Por isso me joguei de corpo e alma para fazer algo totalmente impensável para mim. No meio da nossa temporada, a atriz Louise Cardoso entrou para fazer a tia da personagem. Após um tempo de gravação, ela virou pra mim e disse: 'Você tem um timing cômico muito bom, parabéns'. Fazer comédia não é fácil. Fiquei tão feliz, guardo essas palavras toda vez que sinto alguma dúvida sobre se consigo fazer uma personagem".
Cantei em cena...
"Eu fazia uma peça chamada Céu e Branca, com o Pedro Nercessian. E era uma peça supermusical, a banda acompanhava a gente o tempo inteiro no palco, e minha personagem tinha uma cena que ela entrava cantando. Eu estava tão nervosa com isso porque eu amo cantar, mas nunca tinha cantado profissionalmente. Eu canto no chuveiro, no carro, no máximo para os meus melhores amigos. Nas primeiras apresentações, eu ficava tão nervosa que a voz tremia, mas depois deu tudo certo e ninguém saía correndo da sala!".
Fiz uma protagonista...
"Eu fiz o teste para uma série da HBO, Preamar. Na época, o streaming ainda estava com poucas produções brasileiras, e fui sem expectativa. Quando descobri que ei para um dos personagens centrais da trama e que a série era uma superprodução, fiquei muito feliz. Acho que esse foi meu primeiro grande cachê como atriz. E a Manu foi uma personagem muito rica que, ao longo da história, ia revelando diversas camadas. Acho que esse trabalho foi um divisor de águas para mim. Trabalhei com uma galera de cinema incrível, como Anna Muylaert, Estevão Ciavatta, e aprendi demais durante todo o processo".
Viajei a trabalho internacionalmente...
"Eu fui chamada para ir a Nova York assistir e participar do campeonato de Tenis US Open e fazer uma matéria lá. Na época, nem visto eu tinha, saí correndo para tirar e não perder a oportunidade de conhecer Nova York. A viagem foi um sonho realizado. Voltei à cidade mais de dez anos depois, com a minha melhor amiga, e senti o mesmo frio na barriga".
Entendi o meu propósito na arte...
"Fazer arte é um trabalho solitário e difícil. Enfrentamos nossas sombras mais vezes do que qualquer outra pessoa para dar vida aos personagens. Mas, todas as vezes que pensei em desistir, Deus me dava um novo caminho, um novo personagem. Em uma das minhas orações, eu pedi a Ele que mostrasse qual o meu propósito nisso tudo porque eu não faço arte pela fama, eu quero mais que isso. E foi quando Deus me deu uma das personagens mais lindas que já fiz, e logo depois um vídeo falando sobre Ele viralizou no meu Instagram e entendi que Deus tinha me colocado nesse lugar de visibilidade para alcançar pessoas muito além do meu círculo de amizades e familiares. Consigo chegar a pessoas que eu nunca encontraria na vida. E quero que elas sintam o amor de Deus através de mim, de perto ou de longe. Quero que meus personagens inspirem, ensinem, toquem a alma de quem assiste. Eu ouvi uma frase, não lembro de quem é, mas me marcou e fez muito sentido. Diz assim: "Bombeiros entram em casa pegando fogo para que civis não precisem se queimar. O artista também". Nós vivemos coisas para que as pessoas não precisem viver para entender, para que ela vejam e sintam, mesmo sem ar por aquilo, e formem a sua opinião por meio do entendimento pessoal. E isso é lindo".
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