Bolsonaro diz que enviou R$ 2 milhões para Eduardo nos EUA 2v3r4j
Ex-presidente relatou à PF que quantia foi enviada para que seu filho não asse "necessidades" no exterior. PGR suspeita que ele estaria se beneficiando das ações de Eduardo contra autoridades brasileiras.O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (05/06) que enviou R$ 2 milhões para seu filho, o deputado federal licenciado filho Eduardo Bolsonaro, que vive atualmente nos Estados Unidos. 463k
Ele foi convocado a depor no inquérito que apura a suposta atuação de Eduardo Bolsonaro contra autoridades brasileiras a partir do território americano.
Após depor por cerca de duas horas à Polícia Federal, o ex-presidente disse a repórteres que o dinheiro foi enviado para que o filho não e "necessidade" nos EUA. "Botei dinheiro na conta dele, bastante até, dinheiro limpo, legal, até Pix", disse o ex-presidente.
"Vocês sabem que, lá atrás, eu não fiz campanha, mas foi depositado na minha conta R$ 17 milhões e eu botei R$ 2 milhões na conta dele. Lá fora tudo é mais caro, eu tenho dois netos, um de quatro e outro de um ano de idade, ele está lá fora, não quero que e dificuldade", explicou.
Bolsonaro disse que tem orgulho do filho e do que ele tem feito, mas assegurou que não há trabalho algum ou "lobby" de Eduardo para tentar "sancionar quem quer que seja no Brasil". Ele diz que a atuação de Eduardo teria a ver com defesa da democracia, e não com a coação de autoridades.
Atuação contra ministros do STF
A investigação sobre Eduardo Bolsonaro foi iniciada após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) que suspeita que a atuação do deputado licenciado beneficiaria diretamente seu pai no Brasil.
Eduardo é suspeito de tentar influenciar o governo dos EUA e aliados do presidente americano, Donald Trump, a impor sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil.
A PGR também quer esclarecer se o ex-presidente estaria por trás das estratégias do filho para pressionar o STF.
Os procuradores suspeitam que essa conduta pode configurar crimes como obstrução de investigações sobre organização criminosa, coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado de Direito, além de interferir nos processos que envolvem Jair Bolsonaro.
rc (ots)