China diz que veto a estrangeiros em Harvard afeta "imagem e credibilidade" dos EUA 5h311p
O governo da China reagiu à medida do governo dos Estados Unidos que proíbe a entrada de novos estudantes internacionais na Universidade Harvard a partir do ano letivo de 2025. Nesta sexta-feira (23), o Ministério das Relações Exteriores chinês declarou que protegerá os direitos e interesses legítimos de seus cidadãos afetados. 516f4o
A porta-voz Mao Ning afirmou que as ações americanas "afetarão sua imagem e credibilidade". Ela destacou que a cooperação educacional entre os dois países sempre gerou ganhos mútuos.
O veto foi anunciado na quinta-feira (22), quando a istração do presidente Donald Trump revogou a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio de Harvard. Com isso, a universidade fica impedida de receber novos estudantes estrangeiros e os atuais podem ter seus vistos cancelados ou precisarão ser transferidos para outras instituições. A medida entra em vigor no ano letivo de 2025-2026.
Como a decisão contra Harvard afeta estudantes ao redor do mundo? 684z2s
Com 1.390 alunos chineses em Harvard — cerca de 20% do corpo discente internacional — a China é o país com maior representação na instituição. Também estão matriculados 160 brasileiros, que representam 2,3% do total de estudantes estrangeiros.
O Departamento de Segurança Interna, comandado por Kristi Noem, justificou a suspensão como uma resposta à suposta conivência da universidade com "violência e antissemitismo". Em nota oficial, o governo americano acusou a liderança de Harvard de "criar um ambiente inseguro", alegando que estudantes judeus teriam sido alvo de agressões por parte de "agitadores antiamericanos e pró-terroristas", muitos dos quais estrangeiros. A nota ainda sugere uma ligação da universidade com "atividades coordenadas" pelo Partido Comunista Chinês.
A decisão foi contestada judicialmente. O juiz federal Jeffrey White, do Tribunal Distrital de São Francisco, concedeu uma liminar com efeito nacional que impede a revogação imediata do status legal de estudantes estrangeiros.
Em resposta, Harvard classificou a medida como ilegal. A instituição, que enfrenta bloqueio de mais de US$ 2 bilhões em rees federais desde os protestos contra a guerra na Faixa de Gaza, afirmou que continuará defendendo a permanência de seus alunos internacionais.
A tensão entre a Casa Branca e Harvard, intensificada desde outubro de 2023, atinge agora seu ponto mais crítico.
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