Israel promete bloquear o de barco de ativistas a Gaza; Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila estão a bordo 394m2n
Israel anunciou no domingo (8) que ordenou aos soldados israelenses o bloqueio da chegada a Gaza de um barco de ajuda humanitária que transporta ativistas, incluindo o ativista brasileiro Thiago Ávila e a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, que disse que queria "quebrar o bloqueio israelense" do território palestino devastado pela guerra. 1r4271
Israel anunciou no domingo (8) que ordenou aos soldados israelenses o bloqueio da chegada a Gaza de um barco de ajuda humanitária que transporta ativistas, incluindo o ativista brasileiro Thiago Ávila e a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, que disse que queria "quebrar o bloqueio israelense" do território palestino devastado pela guerra. 252p6p
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, anunciou que ordenou ao Exército para impedir a chegada do navio humanitário que transporta os ativistas até à Faixa de Gaza. A deputada do Parlamento Europeu franco-síria, Rima Hassan, também está a bordo.
O barco Madleen partiu da costa da Sicília há uma semana e tem como missão trazer ajuda humanitária e apoio à Faixa de Gaza, furando assim o "bloqueio" que Israel está a impor a este território palestino.
Com bandeira britânica, os ativistas que estão no barco consideram que em caso de ataque, Israel será "acusado de mais um crime de guerra". A Amnistia Internacional descreveu esta viagem como "uma importante iniciativa de solidariedade" e disse não haver qualquer justificativa para obstruir a ajuda humanitária. A bordo deste barco estão nacionais da Alemanha, França, Brasil, Turquia, Suécia, Espanha e Países Baixos, que juntos formaram uma coalizão batizada de Flotilha da Liberdade.
O navio se encontra muito perto de Gaza, mas o ministro Israel Katz anunciou ter ordenado ao Exército que não deixe o navio chegar a Gaza, acusando Greta de ser "antissemita" e todos os militantes no barco de serem "porta-vozes da propaganda do Hamas".
Katz justificou esta ação dizendo que o bloqueio imposto à Faixa de Gaza visa impedir a chegada de armas ao Hamas.
"O Estado de Israel não permitirá que ninguém rompa o bloqueio naval de Gaza, cujo objetivo principal é impedir a transferência de armas para o Hamas, uma organização terrorista assassina que mantém nossos reféns e comete crimes de guerra", acrescentou o ministro.
O grupo que organizou esta viagem de barco para trazer ajuda e alimentos aos palestinos tem documentado a viagem, anunciando no sábado (7) que estava no Egito, a uma curta distância do território da Faixa de Gaza. Vários drones, um pertencente às autoridades gregas e outro às autoridades europeias, seguiram a trajetória do navio.
Ataques continuam 4o313o
Em terra, a Força de Defesa Civil na Faixa de Gaza anunciou no domingo a morte de pelo menos dez pessoas em operações militares israelenses desde o amanhecer, cinco delas enquanto buscavam ajuda humanitária.
Mahmoud Bassal, porta-voz desta organização humanitária, relatou que "cinco mártires e dezenas de feridos foram transportados para o Hospital Nasser em Khan Younis depois que a ocupação abriu fogo contra civis".
"Por volta das 4h30, as pessoas começaram a se reunir na área de Al-Alam, em Rafah, e após cerca de uma hora e meia, centenas de pessoas avançaram (em direção ao local de distribuição), mas o exército abriu fogo", disse o morador Abdallah Nour al-Din à AFP.
O exército afirmou ter atirado contra pessoas que, apesar dos avisos, "continuaram a avançar de uma forma que colocou os soldados em perigo". Acrescentou que a área ao redor do local de distribuição foi declarada publicamente como "zona ativa de combate noturno".
O exército israelense também acusou Bassal no domingo de espalhar informações falsas para "servir aos objetivos de guerra" do Hamas, que governa Gaza desde 2007 e é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia. Ele negou isso à AFP.
(RFI com AFP)