"Guerreiros do Sol": saiba tudo sobre a nova novela do Globoplay 4y37

A novela conta uma história de amor em tempos de guerra e vai ser ambientada no sertão durante as décadas de 1920 e 1930 663x40

A MALU conversou com o elenco, os autores e o diretor artístico de Guerreiros do Sol, obra inspirada na vida de Lampião, Maria Bonita e diversos casais de cangaceiros que percorreram o Nordeste brasileiro. Ela será uma novela original Globoplay, que estreia dia 11 de junho na plataforma e no Globoplay Novelas. 704w3q

A história gira em torno do casal Rosa (Isadora Cruz) e Josué (Thomás Aquino), dois sertanejos que se apaixonam logo de cara. No entanto, para agradar sua família, a moça aceita se casar com o coronel Elói (José de Abreu), um viúvo rico e poderoso da cidade de Santa Cruz. Porém, Elói não gosta de saber das intenções de Josué com sua futura esposa e, por isso, provoca uma tragédia na casa da família Alencar. Em busca de justiça, Josué e seus irmãos - Milagre (Ítalo Martins), Sabiá (Vitor Sampaio) e Arduíno (Irandhir Santos) - se unem ao bando do experiente cangaceiro Miguel Ignácio (Alexandre Nero).

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"É uma história de irmãos e sua fraternidade e é uma história de mulheres fortes. Chega com um pé na tradição e com um desejo ardente e apaixonado de renovar essa narrativa", disse um dos criadores e autores da trama, George Moura, durante coletiva de imprensa.

Não é uma história bonita 1h291j

A trama contará com uma certa liberdade criativa e foi completamente gravada em 2023, ao longo de mais de oito meses, em mais de três cidades do Nordeste do Brasil. "Não é a história de Maria Bonita e Lampião. Tem a liberdade… A história da Maria Bonita, alguns livros dizem que ela nunca tinha dado um tiro, ido pra frente nas batalhas. A que ia, lutou e tinha características parecidas com a Rosa da trama, é a Dadá. Isso traz uma liberdade para nossa história que é nova", destacou Isadora Cruz.

A atriz protagonista revelou que ela e parte da produção visitaram a Grota do Angico, em Sergipe, onde encontraram os corpos de Maria Bonita e Lampião. "A gente sentiu a presença real, que estávamos mexendo com forças espirituais. Todo mundo, sem falar, começou a chorar; todo mundo arrepiado. A gente fez uma prece e pediu licença", revelou. Após fazer a oração no local, a atriz sentiu que recebeu permissão para viver a personagem inspirada em Maria Bonita.

Representatividade 3b2gl

Além da paraibana e do pernambucano que interpretam o casal principal, atores majoritariamente nordestinos compõem o elenco da trama. "Os atores nordestinos assumindo essa história para contar. Tem esse pertencimento. Eu estou contando uma história de onde eu vim. Estou contando com a minha memória, com meus ancestrais. Tem essa força. A gente espera que essa identificação chegue ao Nordeste", destacou Larissa Góes, que dá vida a Petúnia na novela.

"Não tem ninguém melhor do que a gente para contar essa história. Está no ar que a gente respira", pontuou Ítalo Martins, intérprete de Milagre.

Para Thomás Aquino, que interpreta Josué, é uma enorme felicidade poder trazer muito de si para o seu personagem. "Eu pude trazer muito desse Thomás que é um cara doce, feliz, alegre, e colocar dentro também uma braveza, construída através da vida que ele leva, dessa estrutura que é pesada. Josué é um cara íntegro. Ele acaba entrando em uma vingança atrás desse coronel, interpretado por José de Abreu", disse Thomás Aquino.

Isadora também aproveitou para contar que, no Sertão, algumas pessoas choravam de emoção porque Lampião mudou a vida da família delas. "Para eles, era visto como herói. Já outras pessoas não queriam nem falar nele… Até hoje tem essa dualidade. Eu acho que a novela, no geral, é uma ode ao Sertão, porque retrata com tanta poesia o que o sertão e o sertanejo têm de mais lindo e as relações são aprofundadas. É lindo como é abordado o amor, a justiça, o perdão. Mostra muito a alma e o coração do nordestino, que é tão bonito, puro e vê a vida de uma forma mais conectada com a natureza e com a intuição."

A força feminina 5n3l5h

A novela também contará com um rostinho a que já estamos acostumados. Nathalia Dill interpreta Valiana, uma mulher com câncer de mama, que é casada com um delegado e se vê desamparada ao receber o diagnóstico. Para se preparar para o papel, a atriz trouxe vivências de mulheres que enfrentam a doença atualmente. No entanto, devido à compreensão limitada da ciência sobre o câncer de mama nas décadas de 1920 e 1930, ela encontrou outras formas de construir sua personagem. "Fiz uma analogia com a pandemia do coronavírus. Naquela época, o câncer também foi uma doença desconhecida, sem precedentes, que ninguém sabia como pegava, se era contagiosa, como curava ou se tinha cura", contou.

Porém, apesar do avanço no campo médico, a atriz ainda destaca que as dificuldades enfrentadas por essas mulheres ainda perduram. "Infelizmente, o que não mudou foi a forma como as mulheres precisam lidar com isso. Valiana é completamente rejeitada e abandonada pelo marido, e por outros homens depois dele. Cem anos depois, ainda vivemos isso. Uma coisa muito bonita que a série retrata é o depois, a volta por cima - como essa mulher pega as rédeas da própria vida", finalizou Nathalia.